Vivemos numa era de informações em tempo real, em que redes sociais, notícias online e plataformas digitais moldam nossa percepção do mundo. Nesse contexto, a Linguagem e a Educação Midiática — tema oficial da Unesco para este ano em parceria com o Centro de Estudos Júlio Verne — torna-se indispensável na formação de alunos preparados para consumir, analisar e produzir conteúdos de forma responsável.
Esse ensino promove o pensamento crítico e ético, essenciais para uma navegação consciente pelo universo digital, ajudando-os a identificar notícias falsas (“fake news”) e a combater a desinformação que se propaga rapidamente em todos os canais.
Interpretar mensagens de diversas fontes, avaliar a credibilidade e compreender como as redes influenciam opiniões são habilidades necessárias que impactam tanto a vida acadêmica quanto o desenvolvimento pessoal dos estudantes. Ao ser aplicada nas escolas, essa abordagem amplia a alfabetização tradicional, acrescentando uma “alfabetização digital” que permite aos alunos identificar informações verídicas, reconhecer conteúdos manipulados e evitar as armadilhas do mundo virtual.
Além de fomentar o pensamento crítico, a educação midiática empodera os estudantes a navegar com segurança no ambiente online. A criação de espaços seguros de diálogo nas escolas torna possível discutir as complexidades da internet, desde questões de privacidade até o respeito nas interações virtuais, como no caso do cyberbullying.
Nesse sentido, a escola torna-se um ambiente onde os alunos aprendem a reconhecer tanto os riscos quanto as oportunidades digitais, permitindo que se posicionem de maneira consciente nas redes.
A educação midiática também contribui significativamente para o bem-estar emocional, ajudando os jovens a desenvolver uma relação mais equilibrada com o digital. Ao trazer para a sala de aula discussões essenciais sobre as diferenças entre o “mundo filtrado” das redes e a vida real, valoriza-se a autenticidade, o que pode reduzir sentimentos de inadequação e ansiedade.
Promover a criatividade e abrir espaço para uma diversidade de ideias e diálogos também fazem parte dessa linguagem nas escolas. Nesse cenário, os estudantes são incentivados a explorar as plataformas digitais com autonomia, compartilhando conteúdos e expressando opiniões construtivas.
Um exemplo prático desse aprendizado é a peça teatral “Social Town,” criada pelos alunos do Fundamental II. O roteiro aborda o impacto do mundo digital e as consequências da busca incessante por validação, levando o público a refletir sobre a linha tênue entre o real e o virtual.
Essa iniciativa mostra como o Centro de Estudos Júlio Verne vai além da teoria, proporcionando experiências de preparo para um futuro digital mais consciente e equilibrado. Reforça-se, assim, o compromisso com uma formação humanista, alinhada ao objetivo da Unesco e comprometida com uma educação inovadora e socialmente responsável.
(Na imagem, alunos JV em aulas sobre a temática digital)